Amós 9:11
- "Naquele dia levantarei a tenda caída de Davi.
Consertarei o que estiver quebrado, e restaurarei as suas ruínas. Eu a
reerguerei, para que seja como era no passado."
Sukkot - Tabernáculo. Estabelecida por Deus a Moisés. Sacrifício, ritual.
Sukkah - Tenda. Sem sacrifício, sem ritual. Davi estabeleceu para sua Sukkah:
Porteiros, Profetas, Intercessores e Adoradores.
I.
A
Igreja Néo-testamentária e o Antigo Testamento
a)
Para a
Igreja do Novo Testamento, o livro conhecido hoje como Antigo Testamento, foi
seu livro guia. O Livro da Antiga Aliança foi seu condutor. Eles se guiaram
pelo que escreveu Moisés, os profetas e Davi nos Salmos. Foi verdadeiramente
sua Bíblia inspirada por Deus.
b)
O Antigo
Testamento definitivamente declara em suas páginas, verdades e símbolos a dois
personagens de excelência: primeiro a Jesus Cristo, e logo depois a Sua Noiva,
a Igreja. O Antigo Testamento ou Aliança, aplicou a Palavra de Deus a Cristo e
a Sua Igreja.
c) No Novo
Testamento encontramos ensinos de Jesus, sustentados na Antiga Aliança. Assim
mesmo, os apóstolos no livro de Atos, e em suas cartas as Igrejas, fazem alusão
de forma repetida aos livros do Antigo Testamento. Seus ensinos e suas
profecias estavam fundamentadas no Antigo Testamento.
d) Era
comum encontrar expressões como: "como está escrito", "como
disse Joel", "como diz as Escrituras", "como está escrito
nos Salmos", etc. Estas expressões, usadas continuamente pelos primeiros
líderes da igreja, lhe deram força, e o fundamento para a doutrina básica do cristianismo.
II.
A
"Adoração do Novo Testamento"
A Bíblia é um todo. O Antigo Testamento nos deu exemplos, figuras,
símbolos e sombras do que viria depois.
Era necessário o Novo Testamento como a porção das Escrituras, onde se
aplicaria e cumpriria todo o anunciado e prefigurado na Antiga Aliança.
A Adoração e o Louvor do Novo Testamento é a aplicação e o cumprimento
da Adoração do Antigo Testamento dirigida a Jesus, como verdadeiro centro de
nossa adoração. Todo o assinalado nas figuras simbólicas e cerimônias de
Israel, vieram a cobrar vida e aplicação total dos primeiros cristãos da
Igreja. Eles tomaram as verdades comunicadas por Deus em figuras e as aplicaram
a pessoas a quem declaravam os símbolos: a Cristo, Rei dos Reis e Senhor dos
Senhores. Amém.
III.
Formas
de Adoração no Antigo e Novo Testamento
A Igreja Néo-Testamentária tomou as diversas formas de adoração do
Antigo Testamento e as viveu plenamente na Nova Aliança. Vejamos alguns
exemplos:
a)
Os Salmos como hinário principal
A Igreja primitiva foi instruída para usar o livro de Salmos, hinário
judeu do Antigo Testamento, em sua adoração feita a Jesus. Desta maneira, a
palavra de fé moraria em suas bocas. A confissão das Escrituras seria contínua,
e a profecia estaria sendo trazida continuamente a Assembléia. Obteriam, ao
cantar a Palavra, que o Espírito Santo os encheria profundamente (Ef. 5:18-19),
e que o conselho de Paulo fosse vivido completamente segundo Cl. 3:16, onde o
Apóstolo exorta que "a Palavra de Cristo" more abundantemente em seus
corações. Esta era uma forma de vivificar a Palavra no cristão e dar vida e
espírito a mesma.
b)
Levantar as mãos diante de Deus
Paulo em suas cartas indica com clareza qual devia ser a forma correta
de oração nas primeiras igrejas. Ele escreve a seu discípulo Timóteo que
"os homens orem em todo lugar levantando mãos santas..." Tm. 2:8a.
Davi, nos Salmos, séculos atrás o havia ensinado a Israel. A Igreja tomou esta
prática e a estabeleceu para Jesus, entendendo que "o levantar as
mãos" é uma posição de rendição
total, de absoluto abandono e submissão a Divindade.
c)
Cânticos
O Ap. Paulo escreve aos Coríntios, em sua primeira carta, que para as
reuniões públicas, os cristãos deviam ser ordenados, mas também deviam
apresentar a Deus, nessa ordem e sujeição, salmos, hinos e cânticos espirituais
(I Co. 14; Cl. 3:16).
d)
Dança na Igreja
Em cada capítulo do Novo Testamento, existem em média, 5 ou 6
referencias diretas e indiretas ao Antigo Testamento. Em algumas delas, se
menciona a dança, prática antiga testamentária, que simboliza vitória, alegria
e liberdade. A dança surge do vocábulo grego "agalliao", usado dezesseis
vezes no Novo Testamento e que é traduzido como "regozijar-se",
"grande gozo", "alegria" ou "suma alegria". Na
verdade o termo significava "saltar ou brincar muito". A dança vista
desde as páginas da Bíblia era sinônimo de gozo e parte da vida normal de uma
Igreja vitoriosa.
IV.
Os
Salmos e o seu papel na Adoração da Igreja
Os Salmos foram o hinário principal de Israel no Antigo Testamento.
Lembremos que os Salmos não foram canções ou poesias folclóricas de uma nação,
senão a revelação de Deus a seus profetas, cantores e músicos. Estavam
divinamente inspirados por Deus. São parte de sua Palavra revelada.
Os Salmos não são a expressão religiosa ou histórica de uma raça ou de
um povo, neste caso, Israel. Os Salmos representam a revelação profética de
Deus para todos os tempos em relação ao louvor e adoração através do ministério
profético do rei Davi. Estes cânticos antigo testamentário são uma fonte
maravilhosa de revelação profética para a verdadeira adoração do Novo
Testamento.
Davi como vidente de Deus, recebeu na Antiga Aliança a revelação do
tempo da Graça. Ele recebeu inspiradamente, a revelação do Novo Testamento de
que o "verdadeiro sacrifício" que Deus deseja de Seu povo, não é de
animais, mas sim, atos de louvor e adoração. Deus pede o fruto de lábios que
confessem Seu nome em gratidão e exaltação. Davi nos mostra no Salmos 51:15-17.
Davi como Rei e estudioso da Palavra, envolveu em sua adoração os
levitas, tal e como instituiu Deus através de Moisés. Mas, ele foi mais além na
revelação e prática devocional para Deus. Ele ampliou o raio de ação sem
quebrar a Palavra. Davi levou em conta os levitas e seu sacerdócio, mas o
ministério de cantar e adorar que ordenou no tabernáculo em Sião, representou
um radical desapego ao sacerdócio levítico instituído na liderança de Moisés (I
Cr. 16:1-6), Davi levou em conta a Levi e sua tribo, mas abriu a porta para os
salmistas de outras tribos, especialmente a de Judá, e com eles nos mostrou
antecipadamente o ministério de louvor que viria com a Graça através da vitória
de Jesus. Os Salmos expressados pelos salmistas, compostos por eles para Deus,
inspirados pelo Espírito Santo, expressaram não somente a vontade Deus para a
vida de adoração de Israel, mas que concretamente, mostram a Igreja de Cristo a
vontade divina para a sua vida de adoração.
V.
Os
Salmos nos Avivamentos de Israel
Desde os dias do reinado de Davi, cada grande avivamento relatado no
Antigo Testamento, incluía como ponto vital do mesmo, a restauração da adoração
através dos Salmos. O povo de Deus se voltava a seu criador adorando-o com os
Salmos. Uma nova paixão se acendia em seus corações e esta os levava aos Salmos
para adorar a Deus com cânticos. Vejamos o que a Bíblia nos diz sobre este
avivamentos:
a) O avivamento de Salomão: II
Cr. 7:1-6; 8:12-16
b) O avivamento de Joiada: II
Cr. 23:12-21
c) O avivamento de
Ezequias: II Cr. 29:30-31
d) O avivamento de Josias: II
Cr. 35:11-19
e) O avivamento de Zorobabel:
Ed. 3:10-13
f) O avivamento de Neemias: Ne.
12:22-30,35-47
Cada avivamento trouxe consigo uma volta aos Salmos. Os Salmos foram o Hinário
principal de Israel em cada movimento do Espírito Santo para avivar a nação
escolhida por Deus.
VI.
A
Tenda de Davi nos últimos dias
O profeta Amós, no Antigo Testamento, inspirado por Deus, nos revelou
que a Adoração de Davi, o louvor davídico, era a vontade de Deus para os
últimos dias. O profeta anunciou que antes do retorno de Cristo, período
conhecido como os tempos dos fim ("aquele dia" segundo Am. 9:11a), o
Senhor levantaria a tenda caída de Davi e fecharia suas portas, levantando suas
ruínas e o edificando como nos tempos passados. Aleluia. Obviamente isto não se
refere a um templo físico, mas a uma forma de vida nacional, a adoração e o
louvor vivos ao Deus Vivente. No livro
de Atos, o Ap. Tiago, aplicou esta profecia de Amós para os dias em que vivia.
Ele creu de coração que a Igreja primitiva estava vivendo o cumprimento da
profecia de Amós. (At. 15:13-15). Este
anuncio profético iniciou seu processo de cumprimento e aplicação prática nos
dias dos primeiros discípulos, e ao largo dos anos, somente vem crescendo nesse
cumprimento total.
Os Salmos, representam a vontade de Deus com respeito a adoração de seu
povo de "todas as épocas", culminando na adoração do Novo Testamento,
que agora envolve todas as nações.
O modelo davídico deve voltar a Igreja. Os Salmos devem retornar com
força na Casa de Deus outra vez. Creio nas canções frescas que os Espírito está
inspirando a dezenas de salmistas hoje, mas uma coisa é uma canção inspirada a
um homem, por mais nobre que seja seu coração, e outra coisa é a Palavra
inspirada divinamente. Os Salmos fazem a diferença, são a palavra cantada. A
Igreja deve voltar a essa fonte e cantar profeticamente a vontade de Deus.
Amém.
"A mais excelente adoração" que damos ao Pai, deve estar
revestida da Palavra.
Os Salmos nos enriquecem as reuniões, e darão a nossos ministérios de
louvor esse enfoque profético que trará a benção de Deus.
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